sábado, 31 de dezembro de 2011

2012



Que seja positivo e sem aflições demasiadas.

Que consigamos chegar ao lugar onde nos sentimos em casa, por mais árduo que seja o caminho.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

As Conversas do Manuel 10

- Manuel, jogamos uma partida de badminton?
- SIIIIMMMM!!!!
Saltos de alegria e entusiasmo, seguidos de uma expressão intrigada.
- O que é badminton?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As Conversas do Manuel 9 ou Dicas Preciosas

- Mamã, quando estiveres em cima de um vulcão e o vulcão explodir, tens que saltar para não apanhares com a lava.

Ok, filho.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Coisas de irmãos

(Depois de ver o Lucas a falar eloquentemente com o Manuel)
- Mãe, vou dar o meu chocolate do calendário do advento ao Lucas, porque gosto muito dele.

- Hm hm. E o Lucas também te vai dar o dele a ti?
- Hm... Não sei. Vou-lhe perguntar.
E vai-se embora aos saltinhos e a cantarolar.
É tão bom enquanto os irmãos mais novos ainda não notam que os mais velhos fazem uso da sua ingenuidade.
Feliz Natal!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

As Conversas do Manuel 8

- Mami, se eu não te tivesse chorava mil vezes.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Coisas que aquecem o coração de uma mãe


O Lucas colocou os seus quase 8 anos num retângulo de 20x10 cm que me deixou de lágrima no canto do olho.
(Se eu tivesse que contar a minha vida num desenho, também gostava de conseguir retratar assim tantos momentos coloridos. É um bom exercício. Devia tentar.)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia Mundial da Poupança - like

Em vez de tanto comprar e vender, bora lá dar e receber.

sábado, 29 de outubro de 2011

Ainda sobre os abutres

Não posso evitar. De cada vez que passo por uma dessas lojas que compram ouro, imagino velhinhas desfazendo-se dos brincos e fios que passaram de geração em geração, tirando-os de estojos amarelecidos e pondo-os em cima do balcão, para poderem continuar a pagar a renda e a comprar comida... Imagino também, do outro lado do balcão, homens de olhos semi-cerrados a colocar as peças em cima de uma mini-balança. "43 euros por esta pulseira.", "Só? Mas é de ouro de 18 quilates, foi uma prenda do meu pai para a minha mãe...", "Pois, infelizmente não posso fazer nada, é o preço a que ele está." E sorri, mostrando um canino de ouro que cintila à luz da lâmpada fluorescente.
Depois, sacudo a cabeça e, com um suspiro, mudo de faixa para ultrapassar os inúmeros carros que estacionam em 2ª fila na Av. Almirante Reis.
(Quase tanto como a existência dos próprios estabelecimentos, irrita-me o facto de ler em letras enormes nas suas montras "16€ A GRAMA". "Grama" é um substantivo do género masculino. O grama. Onde é que está a ASAE nestes casos?)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tristes sinais da crise #1

As lojas que compram ouro a surgir como cogumelos. Fazem-me lembrar abutres (assim como assim, mais vale lojas chinesas...).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Questões existenciais de trazer por casa

Giro quantas vezes o ser humano chega durante a vida a conclusões brilhantes e iluminadas que depois, no correr dos dias, esquece e mais tarde volta a descobrir com redobrado entusiasmo (ver posts anteriores). Quantas epifanias suporta uma vida? E o que faz com que elas, de facto, a alterem (para melhor) de forma duradoura?

sábado, 8 de outubro de 2011

It's just another manic Saturday

Saio de manhã, estradas vazias, uma cidade a despertar.
À medida que me afasto de casa, vão ficando pelo caminho os sentimentos negativos.

Subo a minha rua: A vida é dura! Queria ter dormido, pelo menos, mais duas horas!
Entro na auto-estrada:
É tão injusto... Fim-de-semana, toda a gente fica em casa e eu tenho que ir trabalhar.
2ª circular: Ainda bem que não há transito. E olha que bom que está o tempo.
Centro da cidade: Ah! Que inspiradora é a manhã!
Carro estacionado mesmo em frente ao local de trabalho: Hurra! O parquímetro só funciona de segunda a sexta! E não me lembrava de este jardim ser tão bonito!

Em cerca de 15 km, passo do Calimero à Abelha Maia.
As horas passam a correr. O que faz falta é animar a malta. E, quando dou por isso, já estou a arrumar o estaminé para me ir embora.
Chego à hora de almoço, cheia de saudades e de calma e de paciência e de vontade de passar tempo com os meus meninos.
Sim, é mais uma fatia que retiro ao já pequeno bolo de tempo que tenho com eles... mas que assim também se torna mais delicioso.
Trabalhar aos sábados é a pimenta do meu fim-de-semana.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

"Remembering that I'll be dead soon is the most important tool I've ever encountered to help me make the big choices in life. Because almost everything - all external expectations, all pride, all fear of embarrassement or failure - these things just fall away in the face of death, leaving only what is truly important. Remembering that you are going to die is the best way I know to avoid the trap of thinking you have something to lose. You are already naked. There is no reason not to follow your heart."

Steve Jobs

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Do que afinal gosto no verão em Portugal:

Da certeza de poder usar sandálias.

Dias, semanas, meses seguidos. Está bem, eu queixo-me da canícula e gosto dos dias nublados com 25 graus e adoro o verão no norte da Europa, tão refrescante e verde, mas isto tenho que confessar. Nunca saber se vai chover ou não, arriscar-me a voltar para casa de pés molhados, ter que ter os sapatos impermeáveis sempre a pronto e decidir a cada manhã se o chão lá fora está suficientemente molhado ou o céu suficientemente nublado, a justificar a sua entrada em acção... e depois afinal o sol decidir sair e andar horas a fio de pés fumegantes dentro do calçado sintético... É demasiada incerteza para mim. Quero poder andar de penante ao léu de Junho a Setembro (Maio a Outubro?) e não ter que pensar mais nisso. Vá, chamem-me fútil.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

38

Ouvia eu com interesse há uns tempos a autora deste livro afirmar com eloquência que o melhor da vida começa mesmo aos 40. Porque só então estamos preparados para viver o melhor. Para vivê-lo melhor. Dizia ela que, podendo voltar a ter 20, rejeitaria a oportunidade. Pela serenidade e pela paz só aos 40 se alcançam.
E a verdade é que começo a ter um vislumbre.

(Que refrescante que é fazer anos no mesmo dia do google.)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Saudades de Berlim...




Saudades de 2
semanas irreais, de uma liberdade inebriante e já esquecida, de uma cidade que pulula de energia e elan.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Irrita-me

Falar com pessoas mais novas do que eu e ter a sensação de que são muito mais velhas, de tantas certezas e tão pouca tolerância que têm.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Aceitar o que não se pode mudar

O que aconteceu.
O que foi dito.
O que foi feito.
É tão óbvio.
Também devia ser simples.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

September - Sweet Disposition

Gosto de Setembro, apesar de tudo o que ele traz de volta. A incerteza profissional e com ela a instabilidade financeira, as rotinas, o fim dos dias de liberdade que parece que nunca se aproveitaram o suficiente. Mas Setembro também representa regresso, estrutura, outono... e aniversário :)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Naná


A Naná veio para nossa casa num tempo de que já nem me lembro - o tempo antes de ter filhos. Vinha um bocado mal-tratada. Lembro-me que tinha medo de tudo. Tinha medo da trela, ficava petrificada e recusava-se a andar na rua. Várias vezes voltou para casa ao colo. Lembro-me de nos primeiros tempos ter que lhe por umas ligaduras nas patas cheias de feridas. Lembro-me da frase de um miúdo na rua, um dia, ao vê-la cheia de ligaduras: "Ih! Esse cão andou à porrada?" Mas não, andar à porrada seria a última coisa que teria ocorrido à Naná. Humildade e timidez eram o seu sinal de marca. Com o tempo foi saindo da casca, mas nunca deixou de ser discreta e pacata.

Quando vieste cá para casa tinha eu o Lucas na barriga. Foram mais de 8 anos de vida em comum. Viste os meus filhos crescer e tiveste com eles uma paciência infinita. Perdoa se não te dediquei mais atenção. A correria dos dias não é desculpa. Sei que te podia ter dado mais festas. Deixa lá as plantas que destruiste por sucumbires ao instinto de escavar na terra.
Esquece lá as vezes que fugiste para procurar ossos e só voltaste às tantas da noite. Sofreste um bocado nos últimos tempos, mas sempre com uma paz e uma resiliência admiráveis. Quantas vezes olhei para ti em momentos difíceis e me ensinaste a aceitar. Obrigada por isso. Obrigada pelos passeios diários. Obrigada pela companhia. Não sei se estarás ou não no céu dos cães, como dizemos aos miúdos, mas quero acreditar que tiveste uma vida boa e que agora os teus olhos voltaram a brilhar e voltaste a poder correr livremente.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Casaquistão, Geórgia, Japão...

Depois de passar 2 semanas com gente dos 4 cantos do mundo, regresso ao meu e tento encontrar chão debaixo dos pés. Sento-me a contemplar o globo. Tento imaginar a vida das pessoas que conheci, agora no outro lado do planeta. Vou girando devagar e, a cada movimento, pasmo. Tanto mundo, caramba. A sensação de pequenez é uma óptima conselheira.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

domingo, 14 de agosto de 2011

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sommer im Norden

Verde
Bicicleta
Humidade
Vidas
Parque
Amigos
Casaco
Olhos azuis
Diferenças
Flores
Desafios
Birkenstock



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Reencontros

Tavira - Paris - Ülzen.
Marijana - Kati - Annika.
Três lugares, três Amigas de longa data que n
ão
via há anos.
Tantas histórias para pôr em dia.
Filhos que n
ão se conheciam.
Três Mulheres lutadoras e inspiradoras, que pregam rasteiras ao destino e enfrentam as adversidades com garras de leoa.
Viva as férias, que permitem que caminhos se voltem a cruzar.
Estamos em Agosto, est
ão 13 graus e chove. Quem precisa de sol e praia?

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Coisas do Lucas 42

- MÃÃÃÃEEE!
- Sim?
- Vens ver ou vens viver?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Something good can work

Há 4 anos que a vida é ainda mais estonteante.
Parabéns, filho.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Constatações

Pode ser sexista, mas a verdade é que me faz mais impressão quando uma mulher pratica uma condução agressiva do que quando é um homem.

domingo, 17 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Sou eu que estou a ficar louca?

Será impressão minha ou os pássaros andam a voar mais baixo nos últimos tempos? Já perdi a conta aos pardais, corvos, gaivotas, melros, andorinhas que se me atravessaram à frente do carro nas últimas semanas. E isto de ter a constante sensação de que se vai atropelar um pássaro não é nada agradável. Com todo um céu para explorar, passarada, sinceramente não percebo. Tivesse eu asas e ninguém me veria a fazer razias ao asfalto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Terra da Lua Partida

Fico profundamente perturbada, angustiada, triste quando vejo um programa assim.
Pessoas que não deitam um grama de dióxido de carbono para a atmosfera além do que é legítimo a um ser vivo, que vivem da forma mais pura em harmonia com o Mundo, têm que pagar pelos erros de uma civilização que não conhecem nem querem conhecer, e vêem-se impedidas de, simplesmente, viver como os seus antepassados sempre viveram. Não querem ter carros, não precisam de electricidade, não sabem o que é o petróleo, nunca ouviram falar em energia nuclear. Querem apenas continuar a fazer o que o que viram fazer os pais e avós, atravessar os Himalaias com os seus filhos e os seus animais. Mas já não podem. Porque os rios secaram. Porque as terras férteis agora são desertos. Porque um sol de repente inimigo lhes queima a pele e os olhos. Porque têm que aprender a proteger-se contra um aquecimento global que não podem compreender.

domingo, 3 de julho de 2011

De Vez em Quando o Ser Humano Precisa que lhe Fuja o Chão

Apanhar um susto, daqueles valentes, para depois se vir a descobrir que não passou mesmo só de um susto, tem efeitos espantosos. De repente, sentimos uma enorme felicidade só porque, afinal, fica tudo na mesma.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hi Pumpkin

Há algo de mágico e maravilhoso em plantar uma semente, regá-la, ver a planta germinar, crescer e florir e, de repente, da flor que cai ficar um fruto, que vamos vendo aumentar de tamanho a cada dia...
Não, desta vez não estou a falar dos filhos em sentido figurado. Mas, pensando bem, os legumes e frutos que nós prórpios plantámos são como nossos filhos.
Sendo assim, sou mãe orgulhosa de duas lindas meninas
, rechonchudas e de boas cores. E é ver-me, todas as tardes, a ir verificar o seu bem-estar e a elogiar-lhes o crescimento. Aceitam-se sugestões para uma digna transformação, lá para o outono, em caril, sopa, ou, quiçá, doce.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Memórias de uma Mãe Nostálgica

Fui mais uma vez em busca de coisas para o bebé Jorge e voltei da arrecadação com as mãos cheias de roupas e brinquedos dos meus bebés.
Sento-me na sala e inicio outra vez esta viagem no tempo que agora faço regularmente, desde que o pequeno Jorge nasceu. Vou tirando as coisas dos sacos e, a cada peça, uma recordação: Lembro-me de ficar a olhar para o Lucas a dormir com este pijama. O Manuel ficava tão engraçado com estas calças.
O Lucas adorava esta roca. Comprei estas jardineiras na Alemanha. Estas calças foi a avó que ofereceu. O Lucas tinha esta camisola vestida no dia em que caíu e bateu com a cabeça no parapeito da janela da sala. Fez o maior galo que eu já vi.
E assim, peça a peça, vou desfiando contas de um colar que é a minha vida enquanto mãe. Feita de momentos bons e maus, maravilhosos e angustiantes, todos intensos. Depois, guardo-as outra vez - as roupas e as contas - e fico a olhá-los pela janela, já tão crescidos, a jogar à bola, sem saberem que inevitavelmente me carregam consigo e eu os carrego comigo e desejo, mais uma vez, que o tempo páre de voar.

sábado, 18 de junho de 2011

Alice

Bem-vinda!
Estamos tão felizes com a tua chegada!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mãe, afinal de onde é que viemos mesmo?

Lucas: Mãe, eu também saí pelo teu pipi?
(Pronto. Está uma pessoa descansadinha e pimba. Que isto de ter crianças é assim, é como saltar de pára-quedas sem termos sequer percebido que estávamos num avião.)
Mãe (engasga-se com uma cereja e precisa de uns momentos para se recompôr): Não. Para tu saíres tiveram que me cortar a barriga e tirar-te.
(Sinceridade acima de tudo.)
Manuel: Iiiiih Lucas!! Não te doeu?
(Como se vê, a sinceridade não tem qualquer impacto. Hellooo? Foi a MINHA barriga que cortaram! Gajos. Umpf.)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A conversa é como as cerejas? Depende do interlocutor.


Acabo de descobrir que as cerejas são uma fonte natural de cianeto. Gostaria só de informar os 3 leitores deste blogue que, caso notem uma ausência mais prolongada, é bem possível que eu tenha sofrido um envenenamento.

sábado, 11 de junho de 2011

MAS POR QUE RAIO É QUE NINGUÉM INFORMA??

Tive que ir comprar mais Maizena.*

*Linguagem em código de mães que significa: O meu outro filho também apanhou a varicela.

Sim, depois de muito esperar que o Lucas tivesse varicela, foi aos 7 anos e meio. E que caso de varicela. O coitado passou um mau bocado, com centenas de borbulhas que lhe dificultaram bastante a vida durante uns tempos, que o impediram de comer (na garganta), de andar (nas plantas dos pés) e de se sentar (não digo).
Quando fomos à médica, ao 3º dia (a varicela apareceu a um sábado e eu já estava à espera dela) ela receitou o bendito aciclovir, sim, o amigo contra o herpes labial, que a varicela é da mesma família. Parece que só se recomenda em casos mais severos.
Depois de tudo passado, hoje, em conversa com uma conhecida que é pediatra, em contexto informal, ela disse-me que, quando um irmão apanha a varicela de outro irmão, deve-se dar-lhe o aciclovir logo nas primeiras 24h depois do aparecimento das primeiras borbulhas, porque é certo que será um caso bem mais grave, uma vez que o organismo esteve em contacto intenso com o vírus por causa do irmão. É diferente de apanhar de um colega de escola, por exemplo, em que o contacto é mais superficial. Soa-me perfeitamente lógico. A minha questão é: Será que teria custado muito à médica do CATUS, quando lá fui com o Manuel, perguntar-me se ele tinha irmãos e se já tinham tido varicela (aliás, até acho que comentei com ela que o irmão mais velho certamente também iria apanhar), e alertar-me? Ter-lhe-ia caído um dentinho? NÃO PERCEBO esta economia de informação em questões importantes e que está instalada como caruncho em tantas das nossas instituições. Ah! não sabia que era preciso ter carimbado o papel? Mas era! Ah! Afinal falta mais este impresso! Ninguém avisou? Ah! Não trouxe a fotocópia do comprovativo de morada, assim não podemos aceitar a inscrição. Como, ninguém lhe disse nada? Pois, não estava na lista mas era preciso.
Deixe lá. Eu volto. Eu perco outra manhã e venho cá outra vez. Não faz mal. O meu filho passou uns dias de cão desnecessariamente, e podia ter sofrido complicações, mas não há-de ser nada.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Viajar

"A melhor viagem é a que fazemos quando somos jovens e ainda vamos a tempo de aceitar as mudanças que a vida, o mundo, o caminho nos sugerem e nos apontam. A partir de uma certa idade (a da rigidez, do conforto, da falta de horizontes) já não somos viajantes, apenas transportamos as nossas certezas e preconceitos de cidade em cidade, de paisagem em paisagem, de encontro em encontro."
Li hoje esta frase do viajante Gonçalo Cadilhe e fui imediatamente transportada para os meus 20 anos. Eu viajei assim, ainda permeável, e foram tantas as mudanças que o mundo e o caminho fizeram em mim. Hoje sou o que sou (esta espécie de ave rara) em grande parte por ter mudado de país aos 20 anos e ter visto e experimentado modos de viver tão diferentes.
Ah, como invejo estas pessoas...

domingo, 22 de maio de 2011

Amido de Milho

Tenho o Manuel metido num caldo de Maizena.
(Para os leigos e não-progenitores, explico: isto é linguagem de código entre as mães e que significa "O meu filho está com varicela".)
Qualquer mãe experiente está ao corrente do facto de que o
o prurido provocado pelas erupções desta benigna, mas irritante doença infantil é suavizado pelas propriedades calmantes do amido de milho. (É isso e a criança fica um bocado pálida, por isso não esquecer de enxaguar).
Prurido e erupções são o que não falta à minha pobre cria. Já não sei onde acabam as borbulhas e começa o Manuel. Tem-nas em sítios tão espantosos como dentro dos ouvidos, do nariz, da boca e até dos olhos, sem falar nos que não vou mencionar explicitamente e que assaz o incomodam.

Estamos nisto há dois dias e diz que é coisa para durar até 10. Venham eles.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Bora lá então

Depois de um dia em que as más notícias se sucedem, e quando pensamos que o dia já está no fim, acabamos a tarde em lágrimas e a noite no médico... só resta mesmo tocar em frente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Como ispilico?

Lucas: Mãe, quando eu morrer também vou ruscitar?
Mãe: É REssuscitar. E não sei.
Lucas: Mas se Jesus ruscitou por que é que eu não posso ruscitar?
Mãe: Mas Jesus era uma pessoa especial.
Lucas (com indignação na voz): E eu não sou uma pessoa especial?!
Mãe: Sim, claro que és, mas Jesus era o filho de Deus.
Manuel: Mas Deus não é nenhuma mãe.

Epá, não me querem fazer antes perguntas sobre a vida de Buda? Hm?

quinta-feira, 28 de abril de 2011

As conversas do Manuel 9

Ao final do dia, a caminho de casa.
- Então, o que é que fizeste hoje na escola?
- Já me esqueci pol causa do vento.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

As conversas do Manuel 8

Estou à espera que o Manuel saia do carro, mas está demorado porque decidiu despir o casaco.
- Por que é que estás a despir o casaco agora?
- Polque estou com um calôle do calaças.

sábado, 9 de abril de 2011

A Nossa Nova Amiga de 4 Patas

Estou na cozinha a comer um iogurte e a olhar lá para fora quando vejo, de repente, na parede ao fundo, algo a mexer-se rapidamente e a desaparecer por detrás do vaso dos recém-plantados e verdejantes framboeseiros.
Acostumada a passar as férias de verão no interior algarvio, as osgas não me são propriamente seres estranhos. Convivemos com tolerância, desde que o espaço individual seja mutuamente respeitado (isto é, elas nas paredes exteriores e telhados, ou escondendo-se entre as canas do tecto da cozinha, e eu cá em baixo a, pelo menos, vários metros de distância. (Dizem que elas de vez em quando se deixam cair lá de cima, mas eu ignoro esses boatos certamente criados para inquietar raparigas citadinas. Nunca vi nem quero ver.)
Tivemos até já alguns encontros imediatos, sendo que o destino da criatura dependeu sempre da companhia em que eu estava. Da primeira vez, há muitos anos atrás, estava com uma amiga mais medrosa do que eu, e após algumas tentativas falhadas de expulsar a intrusa do quarto, acabámos por usar o que se veio a provar serem horrendos métodos de tortura. Poupo-vos os detalhes, digo apenas que envolveu spray para o cabelo, duas raparigas dando gritinhos histéricos e uma morte lenta do bicho rastejante (eu sei, eu sei que foi cruel e vou sentir remorsos para o resto dos meus dias).
A segunda teve mais sorte, pois após recuperar do ataque que quase tive ao ver mais um exemplar desta espécie sair a alta velocidade do meu saco de viagem quando me preparava para por lá dentro as minhas roupas, chamei os gajos da casa, que conseguiram apanhá-la com uma grande caixa de plástico transparente e passaram o resto da tarde numa aula de ciências da natureza, admirando as fascinantes patas com ventosas, o belo tom verde do corpo, os olhos salientes e o ventre que parece de goma, antes de a soltarem nos campos. (Não sem antes fazerem experiências tão divertidas como colocar dentro da caixa bonecos da playmobil, e observar como ela reagia. Bah.)
Até ontem eu era já, pois, uma quase-especialista em osgas. Ainda assim, daí a ter uma na minha própria casa é toda uma nova dimensão.
Pelo que, depois do jantar, assim que as crianças se levantaram da mesa (não me estava propriamente a apetecer que fossem lá para fora arrastar vasos à procura da espantosa bicha), disse baixinho e com gravidade ao marido:
- Temos uma osga no terraço.
...
Não noto qualquer reacção. O rosto não manifesta a mínima alteração. Depois percebo porquê.
- Eu sei. É a nossa osga. Já vive connosco há vários anos.

Ah. Então está bem. Sendo assim, já fico descansada. E eu que tinha acabado de preencher os censos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Coisas de irmãos 4

Já foi há uns meses. Lembro-me de, um dia, olhar para o Manuel e pensar:
"Estranho. Ainda há pouco tempo me parecia que tinha que lhe cortar a franja muito em breve, e agora já não? Hm." (Isto não diz nada de bom sobre mim, eu sei.)
Foi então que olhei mais atentamente e fez-se luz. A irregularidade daquela franja não deixava dúvidas. Tinha andado ali tesoura alheia.
Fui investigar. Não foi preciso ser perita para encontrar uns tufos de cabelo debaixo da cama.
- Manuel, quem é que te cortou o cabelo?
(com a maior naturalidade) - Foi o Lucas.
- Luuuuuuuuuuuuuucaaaaaaaaaaaas!!!
- O que foi?
- Tu cortaste o cabelo ao teu irmão???!
- Então, ele pediu!

Tipo: a mãe nunca mais trata disto, dá tu aí uma mãozinha. E o outro: ok, eu trato disso. Chega-te aqui. Pronto. Olha, ficou um bocado torto, mas não faz mal, ninguém nota.
(E é verdade, ninguém notou!!!)
E agora, o que fazemos aos cabelos?, Deitamos fora., Na, deixa que eu meto-os aqui debaixo da cama.
(Ao menos eliminavam as provas, não?)
...
A dúvida: fico contente e orgulhosa com estas manifestações de autonomia, ou esbofeteio-me por ser uma mãe distraída e incompetente?

sábado, 19 de março de 2011

Brincando com o Manuel 2

- E depois nós éramos felizes para sempre, ok?
Ok, filho!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Brincando com o Manuel 1

- Mãe, eu agora era o teu ursinho e tu davas-me muitos abraços.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Coisas do Lucas 40

- Mãe, quero um Fernando Rocha.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A minha pátria, que língua é?

Quem lida, como eu, com várias línguas, talvez me possa confirmar esta teoria: uma pessoa transforma-se quando fala noutra língua.
Já tive algumas vezes a seguinte experiência: habituada a falar com alguém, por motivos profissionais, sempre numa determinada língua, ao fim de algum tempo julgo conhecer essa pessoa (no sentido de que sei o que esperar dela nos contextos em que nos cruzamos). Mas não. O que eu conheço é aquela pessoa naquele registo. Depois, por alguma razão, um dia, ouço a mesma pessoa a falar outra língua e, de repente, estou perante um desconhecido. A razão obriga-me a manter a familiaridade adquirida, mas emocionalmente estou cheia das inibições de quem está no processo de conhecer/descobrir alguém, misturadas com a supresa de ver a mesma forma com um recheio diferente. (É parecido com a sensação de, num filme dobrado, ouvirmos um actor que conhecemos bem, com outra voz, e a falar outra língua).
É surpreendente e nem sempre é bom. Já me aconteceu achar que simpatizava com alguém com quem falava sempre em inglês e, um dia, ouvi-a falar em português e fiquei horrorizada porque era uma tia de Cascais.
Agora dizem-me: ah, mas a língua é só um meio, e o que está por detrás não se altera. Pode não se alterar, mas a língua arrasta consigo uma atitude, uma visão do mundo, e mostra talvez um lado nosso que noutra língua poderá não estar visível. A tal senhora de que falei talvez não dominasse um sotaque snob em inglês, ou talvez não lhe fizesse sentido mostrar o seu lado snob quando fala inglês.
Pronto, mudo a teoria: a língua que falamos não nos transforma, mas mostra algo de nós que poderá não ser visível noutra.

P.S.: Quero ver este filme.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Come again?

De que modo é que isto é publicidade?
Alguém me explique, please. Agradecida.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Traduções fantásticas - 2

Numa entrevista ao vivo, transmitida pela TV, George Lucas, o criador de Starwars, cita ao entrevistador a famosa frase da sua saga: "May the force be with you".
Logo seguido pela voz do tradutor simultâneo, que diz: "Dia quatro de Maio estarei consigo".
(Estaria a gozar? Teria bebido uns copos? O tradutor verdadeiro foi à casa-de-banho e pediu a alguém que ia a passar para o substituir? Seja como for, parabéns. Conseguiu deixar muita gente sem palavras e com aquele hilariante modo de olhar que diz: ã?)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Coisas do Lucas 39

- Mãe, o Manuel é um "ele" ou uma "ela"?
- O que é que tu achas?
- Um "ele".
- Claro. Como é que se sabe a diferença?
- É que as meninas são mais vaidosas, têm cabelos compridos e não dão puns mal-cheirosos.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Coisas do Lucas 38

Fazendo o problema que veio da escola:
"A tia Aurora cria patos e porcos. Um dia, quando está a alimentá-los, ocorre-lhe que, todos juntos, os seus animais têm 34 patas. Quantos patos e quantos porcos tem a tia Aurora?"
(Deve, de facto, ser extremamente comum um agricultor estar a reflectir sobre o número total de patas dos animais que possui enquanto os alimenta. Mas adiante.)
O Lucas atira para o ar:
- 6 patos e 6 porcos.
Desenho toda esta bicharada e contamos.
- Isso dá 36 patas. São duas a mais, não é? O que fazemos para diminuir duas?
...
- Já sei! Um porco aleijou-se e já só tem duas patas.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As conversas do Manuel 7

Enquanto o sento no carro, depois de o ter ido buscar ao infantário:
- Mãe, cheiras a pincel. Cheiras a pincel vermelho.

(Psicólogos que me leem: devo preocupar-me?)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Coisas de Irmãos 3

- Manuel, anda.
...
- Manuel, anda!
...
- Manuel, anda!! Ou é preciso dar-te outra vez trinta carolos?

sábado, 8 de janeiro de 2011

Coisas do Lucas 37

Na cozinha.
- Mãe, o que é que estás a fazer?
- A ralar uma cenoura.
- E não tens pena dela?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Um cromo na minha caderneta

Ontem entrei no talho aqui do bairro para comprar um frango e estavam a tocar o We Are The World. Ainda nem me tinha apercebido de que há som ambiente no talho. Na verdade, vou lá muito pouco. Não comemos muita carne aqui em casa. Música ambiente no talho, que sofisticado. E ah, como eu adorava esta canção, como me arrepiava de emoção a ver o vídeoclip do Live Aid, as vezes que eu a cantei em frente à televisão, envergando um microfone imaginário.
E, de repente, fui transportada para 1985 e surgiu-me na mente uma cena na qual nunca mais tinha pensado. Como é possível? Devo ter reprimido isto! E hoje veio outra vez ao de cima, inesperadamente, tipo acto falhado. E logo no talho. Nem quero pensar que significados o Sigmund daria a isto.
Então foi assim:
Um dos monitores dos tempos livres que eu frequentava depois da escola no trabalho da minha mãe, mais dado a cantorias, resolveu um dia, talvez nas férias do Natal, reunir a canalha e fazer um We Are The World caseiro.
Não me lembro exactamente de como decorreu o processo de escolha dos artistas, mas deve ter sido qualquer coisa como:
- João, tu fazes de Bruce Springsteen, Ana, tu és a Diana Ross, tu, Cátia, a Tina Turner e tu, Jacinto, darias um belo Lionel Ritchie.
E por aí fora. De qualquer modo, a meio da distribuição de papéis, o monitor olhou em volta, como que à procura de alguém. E foi aí que seu olhar pousou em mim e ele proferiu a espantosa frase:
- Tu, és a Cindy Lauper perfeita.
Podem imagirar o choque que isto pode causar a uma pacata rapariga de 12 anos, nada dada a confusões, mas com a adolescência a querer brotar? Hoje voltei a sentir esse impacto. E não sei se foi bom.
E assim foi. Cantámos e, quando chegou a minha vez, eu não desperdicei a minha oportunidade e tentei imitar a exuberante Cindy, cantando a plenos pulmões. Duvido que tenha conseguido berrar com o mesmo estilo, mas a comparação é injusta. Eu não tinha o cabelo amarelo com madeixas vermelhas. Em vez disso, tinha franja e usava uns enormes óculos de massa castanhos. Mas a comoção que ambas sentimos por participar num coro assim, essa deve ter sido parecida.



Live aid - 1985 Usa For Africa - We Are The World

Adenda: Continuo a emocionar-me quando vejo este vídeo.

Coisas do Lucas 36

- Mãe, hoje na escola a professora contou-nos a história dos três saramagos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"A água e o azeite nunca se hão-de misturar"

Começar o ano com uma ida ao teatro foi uma ideia e pêras.
O Miguel Guilherme é, sem dúvida, o meu actor português fa
vorito.
Conheço algumas pessoas como o senhor Puntila - que se alteram, para melhor, sob o efeito do álcool. Outras, nem tanto. O álcool deixa, como se diz em alemão,
saltar cá para fora o porco que há em nós. Mas em algumas pessoas é um leitãozinho simpático que aparece, muitas vezes a contrastar com a dureza que insistem em manter quando estão sóbrias.
Gostei muito e aconselho. E como não tenho jeito algum para crítica de teatro (nem de coisa nenhuma, por sinal), não vou fazer considerações sobre o estilo de Brecht, e fico-me por aqui. Só me atrevo a dizer mais que acho qu
e o Miguel Guilherme deve ser um pouco como o senhor Puntila quando está com os copos: um porreiraço.

imagem daqui

Fleece

Porém, e apesar de sofrer do síndrome do penante gélido (mãos também, agora que falo nisso), e de ser friorenta em geral, o meu sistema termo-regulador parece ter vida dupla. Debaixo do edredon, por exemplo, é o calor total. Não consigo entender como alguém consegue dormir com pijamas polares. E não são só pijamas desse material sintético que chegou para ficar, que não existem no meu armário. Não suporto camisolas e casacos em fleece. Só de pensar em vestir coisas em fleece, sufoco. Sem falar nos ataques de calor que me dão de repente, enquanto trabalho ou quando estou a comer, e é ver-me a almoçar de manga curta em Janeiro.
Tudo isto faz com que a minha indumentária tenha que se assemelhar sempre à de uma cebola. Comigo, há que haver sempre a possibilidade de ir retirando camadas.
Se, portanto, virem por aí alguém esbaforida, segurando nas mãos camisolas, casacos de malha e kispos, sou eu. Uma maçada.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Directamente da Austrália para os meus pés

Chegaram, vai fazer um ano, as minhas Ugg, para revolucionar a existência dos meus membros inferiores. Tinha lido maravilhas sobre a sua capacidade de manter os pés quentes. Por um lado, estava com um certo receio de publicidade enganosa, mas, por outro, ter os pés quentes no inverno não é uma questão a negligenciar, e também não queria experimentar as imitações, que eu e os sintéticos não nos damos bem. E, como sou uma pessoa que enfrenta os riscos com um sorriso, também não foi impeditivo o facto de comprar umas botas pela internet, prescindindo assim da possibilidade de as experimentar primeiro, o que, no que diz respeito a sapatos, digamos que até dá um certo jeito.
E vai daí e fiz o maior investimento da minha (já não tão curta q
uanto isso) vida na área do calçado, ainda que as tenha, suspostamente, adquirido por metade do preço por estarem em saldos. Esperei pacientemente mais de um mês. E finalmente, como diz o meu tio, fiquei com um andar novo. Desde então, só as guardei no verão e nunca mais senti os pés frios, maleita crónica que me perseguiu durante 36 penosos invernos. Ando com elas em casa e fora de casa, de manhã à noite, e adeus dores nos joanetes, good bye frieiras nos dedos dos pés, auf Wiedersehen chulé (sim, que os pezinhos mantêm-se quentes, mas secos).
E, ainda por cima, são giras que se farta. O seu único defeito é serem totalmente rasas, o que faz com que se pareça um bocado um pinguim a andar. But who cares?
Ugg allez allez!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Brincadeiras de rapazes - Mães de raparigas, leiam e regozijem-se

Nome da brincadeira: Brincar às rasteiras.
Objectivo: fazer o outro cair.
Regras: imprecisas. Vale tudo: fazer rasteiras com os pés, com as pernas, com os braços, com o corpo todo, atirar-se num golpe preciso para a frente dos pés do outro ou rastejar quando já se está no chão.
No decurso da brincadeira, os rapazes correm pela casa atrás um do outro e tentam fazer-se cair mutuamente. Quando um cai, o outro rejubila durante alguns momentos, até que o outro se levanta e lhe faz uma rasteira, fazendo-o cair a ele. E assim sucessivamente. Que os rapazes são básicos no que diz respeito a processos. Olham o objectivo e perseguem-no sem olhar para os lados. Já dizia o Caveman. Mas isso era outro post.

Um vaipe

... é o que quase me dá quando estou a (tentar) tratar de assuntos relacionados com as finanças, e ó que agora é tão fácil e dá para fazer tudo pela internet, mas ah, afinal não funciona, e hm, não dá mesmo, telefono mas é para lá a ver se me ajudam, mas oops, a senhora ao telefone diz que é muito complicado e se calhar é melhor ir lá e entregar a declaração em papel (sério? e eu, tola, a pensar q era mais rápido e prático usar a internet, essa ferramenta que afinal só complica?). Tento outra vez, ligo outra vez, faço uns truques et voilá, após algumas horas, consigo! Fecho a sessão e fico ali a olhar para o ecrã. E se não fosse o quase, ali estava o botão que me permitiria mandar tudo às couves e mudar de vida. Cessar a actividade. Tirava os miúdos da escola e íamos todos para a terra. Bastava um clique.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Tartarugas

Desde que fomos ao cinema ver este filme, a estreia cinematográfica do Manuel (e o difícil que foi encontrar isto sem ser em 3D? Que nós, como já disse, somos pessoas que não vão em muitas modernices, e isto das três dimensões em combinação com cérebros infantis a mim não me convence), tenho constantemente um Sammy e um Ray a rastejar pela casa. Eles nadam pelo oceano que separa a sala da cozinha, constroem uma casa nos recifes debaixo da mesa, escondem-se nos corais debaixo da cama.
Bom ano novo!