segunda-feira, 11 de outubro de 2010

EAT PRAY LOVE

Conhecem a sensação de ter lido e gostado muito de um livro e depois verem o filme e ficarem desiludidos?
Pois. Não foi assim. Mas de certa maneira, foi.
Passo a explicar.
Um filme fica quase sempre aquém de um bom livro, talvez porque não corresponde ao que imaginámos (não pode) e raramente consegue superá-lo. Um (bom) livro acompanha-nos durante dias, semanas, meses. Lemos, imaginamos, trabalhamos, remoemos, conotamos conforme o que se passa naquele momento na nossa própria vida. Temos detalhes e mais detalhes e vamos crescendo com a história, enchendo-nos dela, especulando, bocejando, desesperando.
E um filme... é uma viagem de, quando muito, cerca de duas horas, que não deixa muito espaço para imaginar.
Este é o livro que qualquer mulher quer ler, por uma simples razão: conta a história de uma mulher que se liberta de uma vida que a asfixia e vai. Vira a mesa. Voa. Carrega na pausa e o play segue noutros lugares, noutras dimensões, a outros ritmos. Sozinha, sem ninguém para a amparar, sem ninguém para a moldar. Nada a provar a ninguém. À procura de si própria. E o melhor de tudo: é uma história real.
Não que todas nós estejamos desertas por deixar tudo para trás e ir atrás de outras experiências, mas confessem: quem não imagina, de vez em quando, um "e se a minha vida fosse diferente?"
Vale a pena ver, nem que seja pelas imagens da Índia e pelas paisagens da Indonésia (e pelo guarda-roupa da Julia Roberts - autsch). E para ir comer pasta a seguir.
Mas... leiam primeiro o livro.


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