segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Traduções fantásticas - 1

Sob o risco de transformar definitivamente este lugar num aglomerado de parvoíces que só interessam mesmo a mim, inicio aqui uma nova rúbrica sobre algo que me faz rir como uma totó. Ossos do ofício.
Trata-se de traduções, como dizer? ... erradas, daquelas que acertam mesmo ao lado, e que muitas vezes passam despercebidas ao comum dos mortais, normalmente desatento a estes detalhes e preocupado com coisas mais essenciais. Mas a mim, elas deliciam-me os ouvidos e olhos de mulher das línguas (salvo seja).
Pergunto-me muitas vezes se o tradutor era mesmo mau, se estava distraído ou se, na verdade, por detrás daquela pérola está um artista não reconhecido, que pega numa frase desinteressante e transforma um contexto normal numa obra-prima do insólito.

E começo com uma frase de um filme que vi há muitos anos, e que finalmente tenho a oportunidade de registar (yay!):
Numa cena romantica, o casal pega em duas taças de champanhe. Estão de frente um para o outro, olhos nos olhos.
E então ele diz para ela: Let's make a toast.
Legenda: Vamos fazer uma torrada.

Claro! Estou apaixonado por ti, quero pedir-te em casamento. Isto tem que ser comemorado. Pousa lá o copo e vamos ali à cozinha fazer uma torrada.

2 comentários:

Teresa disse...

Hehe, eu também sofro do mesmo (ou seja, graças aos ossos do ofício, estou sempre a analisar as traduções, principalmente nos filmes) e lembro-me que, há muitos anos, ainda nem sonhava ser tradutora, estava a ler um livro (creio que se chamava A Noiva de Frankenstein) onde dizia uma personagem para a outra: "Estás zangada? Vou já arranjar-te alguma coisa para comer!" :)

Desculpa a intromissão. Já acompanho o teu blog há algum tempo, em silêncio, mas hoje não resisti :)

c disse...

Olá Teresa. É sempre bom quando os que nos lêem quebram o silêncio :)
Então já somos duas - aceitam-se sugestões!