quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ontem

foi também o primeiro dia de natação do Lucas. Passou a semana a anunciar-me que não queria ir. Novo grupo, nova professora, nova piscina. Não previa nada de bom, mas foi bem pior.
Tudo começou quando tive que levar também o Manuel, pois estava sozinha com os dois. Enquanto despia e preparava o Lucas, o Manuel fez várias visitas às senhoras que estavam no balneário e fez questão de investigar o conteúdo dos seus sacos. Tive sorte, acharam-lhe imensa graça.
Quando, finalmente, após 3000 interrupções, o Lucas ficou pronto, peguei no Manuel e dirigimo-nos à porta de passagem para a piscina. Nesse momento, começaram os dois a chorar em coro. O Manuel, porque viu a piscina e queria ir para lá. O Lucas, porque viu a piscina e não queria ir para lá. Fiquei confusa. Havia uma criança a querer ir para dentro de água, mas era a criança errada.
Consegui resolver a questão entregando rapidamente o Lucas, aos soluços, à professora de natação, e levando o Manuel, aos soluços, para a tribuna no andar de cima. Ambos se acalmaram, e eu passei os 45 minutos seguintes a tentar que o Manuel não caísse lá para baixo por entre as grades, enquanto sorria e acenava ao Lucas de todas as vezes que ele olhava para cima. Quando acabou a aula, suspirei de alívio.
Ingenuamente, pois esperava-me mais um belo momento de acção. Fui dar banho ao Lucas ao mesmo tempo que tentava evitar que o Manuel se molhasse. Em vão. Bastou uma olhadela para o frasco de champô para o perder de vista, e ei-lo todo contente ao lado de uma senhora debaixo de um duche.

O Lucas acabou a ser esfregado por uma outra senhora que teve por mim um misto de piedade e condescendência, enquanto eu tentava verificar se todas as camadas de roupa do Manuel tinham ficado molhadas.
Finalmente de volta ao vestiário, o Manuel achou graça às chaves dos armários que estavam abertos, e presenteou-me com todas as que conseguiu recolher. Deixei de receber olhares simpáticos assim que as respectivas donas deram pela falta, e demorou algum tempo até conseguir devolver a todas a chave certa.
Pareceu-me ouvir suspiros de alívio quando abandonámos o local. Deve ter sido impressão minha.

O Lucas já me disse que para a semana não quer ir à natação. Olha. Que chatice.

3 comentários:

zeliaevora disse...

Ah! a tua desgraça dá-me vontade de rir!
Desculpa amiga! não aguento!

Unknown disse...

LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL

ok...n tem piadinha nenhuma mas epá n da p n rir!:p

e isso assusta-me pq bom...daqui a uns meses tb vou andar assim a modos q em grandes aventuras c 2 piolhos e sozinha o tempo quase todo...:/

bem amiga, admiro-te a força e a coragem de mm assim ires c os 2!tens q arranjar as "redeas" p pores no Manocas nestas situaçoes!eu usei no necas qd ele começou a andar c os agrafos na cabeça:/

posso-te emprestar se quiseres;)

beijinhos tantos e saudades...**

Anónimo disse...

:) ! como te entendo...e me retratei no cenário!!! proválvelmente foi o motivo do Tomás este ano ter deixado de ir á piscina; regressa no próximo ano quando estiver mais independente e souber limpar-se e vestir-se convenientemente! Não é muito "didático", mas em face dos "obstáculos" e dificuldades, a juntar ás constantes constipação em época de piscina...foi a melhor opção!
Um beijinho,