Saio de manhã, estradas vazias, uma cidade a despertar.
À medida que me afasto de casa, vão ficando pelo caminho os sentimentos negativos.
Subo a minha rua: A vida é dura! Queria ter dormido, pelo menos, mais duas horas!
Entro na auto-estrada: É tão injusto... Fim-de-semana, toda a gente fica em casa e eu tenho que ir trabalhar.
2ª circular: Ainda bem que não há transito. E olha que bom que está o tempo.
Centro da cidade: Ah! Que inspiradora é a manhã!
Carro estacionado mesmo em frente ao local de trabalho: Hurra! O parquímetro só funciona de segunda a sexta! E não me lembrava de este jardim ser tão bonito!
Em cerca de 15 km, passo do Calimero à Abelha Maia.
As horas passam a correr. O que faz falta é animar a malta. E, quando dou por isso, já estou a arrumar o estaminé para me ir embora.
Chego à hora de almoço, cheia de saudades e de calma e de paciência e de vontade de passar tempo com os meus meninos.
Sim, é mais uma fatia que retiro ao já pequeno bolo de tempo que tenho com eles... mas que assim também se torna mais delicioso.
Trabalhar aos sábados é a pimenta do meu fim-de-semana.
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