segunda-feira, 31 de outubro de 2011
sábado, 29 de outubro de 2011
Ainda sobre os abutres
Não posso evitar. De cada vez que passo por uma dessas lojas que compram ouro, imagino velhinhas desfazendo-se dos brincos e fios que passaram de geração em geração, tirando-os de estojos amarelecidos e pondo-os em cima do balcão, para poderem continuar a pagar a renda e a comprar comida... Imagino também, do outro lado do balcão, homens de olhos semi-cerrados a colocar as peças em cima de uma mini-balança. "43 euros por esta pulseira.", "Só? Mas é de ouro de 18 quilates, foi uma prenda do meu pai para a minha mãe...", "Pois, infelizmente não posso fazer nada, é o preço a que ele está." E sorri, mostrando um canino de ouro que cintila à luz da lâmpada fluorescente.
Depois, sacudo a cabeça e, com um suspiro, mudo de faixa para ultrapassar os inúmeros carros que estacionam em 2ª fila na Av. Almirante Reis.
(Quase tanto como a existência dos próprios estabelecimentos, irrita-me o facto de ler em letras enormes nas suas montras "16€ A GRAMA". "Grama" é um substantivo do género masculino. O grama. Onde é que está a ASAE nestes casos?)
Depois, sacudo a cabeça e, com um suspiro, mudo de faixa para ultrapassar os inúmeros carros que estacionam em 2ª fila na Av. Almirante Reis.
(Quase tanto como a existência dos próprios estabelecimentos, irrita-me o facto de ler em letras enormes nas suas montras "16€ A GRAMA". "Grama" é um substantivo do género masculino. O grama. Onde é que está a ASAE nestes casos?)
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Tristes sinais da crise #1
As lojas que compram ouro a surgir como cogumelos. Fazem-me lembrar abutres (assim como assim, mais vale lojas chinesas...).
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Questões existenciais de trazer por casa
Giro quantas vezes o ser humano chega durante a vida a conclusões brilhantes e iluminadas que depois, no correr dos dias, esquece e mais tarde volta a descobrir com redobrado entusiasmo (ver posts anteriores). Quantas epifanias suporta uma vida? E o que faz com que elas, de facto, a alterem (para melhor) de forma duradoura?
sábado, 8 de outubro de 2011
It's just another manic Saturday
Saio de manhã, estradas vazias, uma cidade a despertar.
À medida que me afasto de casa, vão ficando pelo caminho os sentimentos negativos.
Subo a minha rua: A vida é dura! Queria ter dormido, pelo menos, mais duas horas!
Entro na auto-estrada: É tão injusto... Fim-de-semana, toda a gente fica em casa e eu tenho que ir trabalhar.
2ª circular: Ainda bem que não há transito. E olha que bom que está o tempo.
Centro da cidade: Ah! Que inspiradora é a manhã!
Carro estacionado mesmo em frente ao local de trabalho: Hurra! O parquímetro só funciona de segunda a sexta! E não me lembrava de este jardim ser tão bonito!
Em cerca de 15 km, passo do Calimero à Abelha Maia.
As horas passam a correr. O que faz falta é animar a malta. E, quando dou por isso, já estou a arrumar o estaminé para me ir embora.
Chego à hora de almoço, cheia de saudades e de calma e de paciência e de vontade de passar tempo com os meus meninos.
Sim, é mais uma fatia que retiro ao já pequeno bolo de tempo que tenho com eles... mas que assim também se torna mais delicioso.
Trabalhar aos sábados é a pimenta do meu fim-de-semana.
À medida que me afasto de casa, vão ficando pelo caminho os sentimentos negativos.
Subo a minha rua: A vida é dura! Queria ter dormido, pelo menos, mais duas horas!
Entro na auto-estrada: É tão injusto... Fim-de-semana, toda a gente fica em casa e eu tenho que ir trabalhar.
2ª circular: Ainda bem que não há transito. E olha que bom que está o tempo.
Centro da cidade: Ah! Que inspiradora é a manhã!
Carro estacionado mesmo em frente ao local de trabalho: Hurra! O parquímetro só funciona de segunda a sexta! E não me lembrava de este jardim ser tão bonito!
Em cerca de 15 km, passo do Calimero à Abelha Maia.
As horas passam a correr. O que faz falta é animar a malta. E, quando dou por isso, já estou a arrumar o estaminé para me ir embora.
Chego à hora de almoço, cheia de saudades e de calma e de paciência e de vontade de passar tempo com os meus meninos.
Sim, é mais uma fatia que retiro ao já pequeno bolo de tempo que tenho com eles... mas que assim também se torna mais delicioso.
Trabalhar aos sábados é a pimenta do meu fim-de-semana.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
"Remembering that I'll be dead soon is the most important tool I've ever encountered to help me make the big choices in life. Because almost everything - all external expectations, all pride, all fear of embarrassement or failure - these things just fall away in the face of death, leaving only what is truly important. Remembering that you are going to die is the best way I know to avoid the trap of thinking you have something to lose. You are already naked. There is no reason not to follow your heart."
Steve Jobs
Steve Jobs
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