Há algo de mágico e maravilhoso em plantar uma semente, regá-la, ver a planta germinar, crescer e florir e, de repente, da flor que cai ficar um fruto, que vamos vendo aumentar de tamanho a cada dia...
Não, desta vez não estou a falar dos filhos em sentido figurado. Mas, pensando bem, os legumes e frutos que nós prórpios plantámos são como nossos filhos.
Sendo assim, sou mãe orgulhosa de duas lindas meninas, rechonchudas e de boas cores. E é ver-me, todas as tardes, a ir verificar o seu bem-estar e a elogiar-lhes o crescimento. Aceitam-se sugestões para uma digna transformação, lá para o outono, em caril, sopa, ou, quiçá, doce.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Memórias de uma Mãe Nostálgica
Fui mais uma vez em busca de coisas para o bebé Jorge e voltei da arrecadação com as mãos cheias de roupas e brinquedos dos meus bebés.
Sento-me na sala e inicio outra vez esta viagem no tempo que agora faço regularmente, desde que o pequeno Jorge nasceu. Vou tirando as coisas dos sacos e, a cada peça, uma recordação: Lembro-me de ficar a olhar para o Lucas a dormir com este pijama. O Manuel ficava tão engraçado com estas calças. O Lucas adorava esta roca. Comprei estas jardineiras na Alemanha. Estas calças foi a avó que ofereceu. O Lucas tinha esta camisola vestida no dia em que caíu e bateu com a cabeça no parapeito da janela da sala. Fez o maior galo que eu já vi.
E assim, peça a peça, vou desfiando contas de um colar que é a minha vida enquanto mãe. Feita de momentos bons e maus, maravilhosos e angustiantes, todos intensos. Depois, guardo-as outra vez - as roupas e as contas - e fico a olhá-los pela janela, já tão crescidos, a jogar à bola, sem saberem que inevitavelmente me carregam consigo e eu os carrego comigo e desejo, mais uma vez, que o tempo páre de voar.
Sento-me na sala e inicio outra vez esta viagem no tempo que agora faço regularmente, desde que o pequeno Jorge nasceu. Vou tirando as coisas dos sacos e, a cada peça, uma recordação: Lembro-me de ficar a olhar para o Lucas a dormir com este pijama. O Manuel ficava tão engraçado com estas calças. O Lucas adorava esta roca. Comprei estas jardineiras na Alemanha. Estas calças foi a avó que ofereceu. O Lucas tinha esta camisola vestida no dia em que caíu e bateu com a cabeça no parapeito da janela da sala. Fez o maior galo que eu já vi.
E assim, peça a peça, vou desfiando contas de um colar que é a minha vida enquanto mãe. Feita de momentos bons e maus, maravilhosos e angustiantes, todos intensos. Depois, guardo-as outra vez - as roupas e as contas - e fico a olhá-los pela janela, já tão crescidos, a jogar à bola, sem saberem que inevitavelmente me carregam consigo e eu os carrego comigo e desejo, mais uma vez, que o tempo páre de voar.
sábado, 18 de junho de 2011
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Mãe, afinal de onde é que viemos mesmo?
Lucas: Mãe, eu também saí pelo teu pipi?
(Pronto. Está uma pessoa descansadinha e pimba. Que isto de ter crianças é assim, é como saltar de pára-quedas sem termos sequer percebido que estávamos num avião.)
Mãe (engasga-se com uma cereja e precisa de uns momentos para se recompôr): Não. Para tu saíres tiveram que me cortar a barriga e tirar-te.
(Sinceridade acima de tudo.)
Manuel: Iiiiih Lucas!! Não te doeu?
(Como se vê, a sinceridade não tem qualquer impacto. Hellooo? Foi a MINHA barriga que cortaram! Gajos. Umpf.)
(Pronto. Está uma pessoa descansadinha e pimba. Que isto de ter crianças é assim, é como saltar de pára-quedas sem termos sequer percebido que estávamos num avião.)
Mãe (engasga-se com uma cereja e precisa de uns momentos para se recompôr): Não. Para tu saíres tiveram que me cortar a barriga e tirar-te.
(Sinceridade acima de tudo.)
Manuel: Iiiiih Lucas!! Não te doeu?
(Como se vê, a sinceridade não tem qualquer impacto. Hellooo? Foi a MINHA barriga que cortaram! Gajos. Umpf.)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
A conversa é como as cerejas? Depende do interlocutor.
sábado, 11 de junho de 2011
MAS POR QUE RAIO É QUE NINGUÉM INFORMA??
Tive que ir comprar mais Maizena.*
*Linguagem em código de mães que significa: O meu outro filho também apanhou a varicela.
Sim, depois de muito esperar que o Lucas tivesse varicela, foi aos 7 anos e meio. E que caso de varicela. O coitado passou um mau bocado, com centenas de borbulhas que lhe dificultaram bastante a vida durante uns tempos, que o impediram de comer (na garganta), de andar (nas plantas dos pés) e de se sentar (não digo).
Quando fomos à médica, ao 3º dia (a varicela apareceu a um sábado e eu já estava à espera dela) ela receitou o bendito aciclovir, sim, o amigo contra o herpes labial, que a varicela é da mesma família. Parece que só se recomenda em casos mais severos.
Depois de tudo passado, hoje, em conversa com uma conhecida que é pediatra, em contexto informal, ela disse-me que, quando um irmão apanha a varicela de outro irmão, deve-se dar-lhe o aciclovir logo nas primeiras 24h depois do aparecimento das primeiras borbulhas, porque é certo que será um caso bem mais grave, uma vez que o organismo esteve em contacto intenso com o vírus por causa do irmão. É diferente de apanhar de um colega de escola, por exemplo, em que o contacto é mais superficial. Soa-me perfeitamente lógico. A minha questão é: Será que teria custado muito à médica do CATUS, quando lá fui com o Manuel, perguntar-me se ele tinha irmãos e se já tinham tido varicela (aliás, até acho que comentei com ela que o irmão mais velho certamente também iria apanhar), e alertar-me? Ter-lhe-ia caído um dentinho? NÃO PERCEBO esta economia de informação em questões importantes e que está instalada como caruncho em tantas das nossas instituições. Ah! não sabia que era preciso ter carimbado o papel? Mas era! Ah! Afinal falta mais este impresso! Ninguém avisou? Ah! Não trouxe a fotocópia do comprovativo de morada, assim não podemos aceitar a inscrição. Como, ninguém lhe disse nada? Pois, não estava na lista mas era preciso.
Deixe lá. Eu volto. Eu perco outra manhã e venho cá outra vez. Não faz mal. O meu filho passou uns dias de cão desnecessariamente, e podia ter sofrido complicações, mas não há-de ser nada.
*Linguagem em código de mães que significa: O meu outro filho também apanhou a varicela.
Sim, depois de muito esperar que o Lucas tivesse varicela, foi aos 7 anos e meio. E que caso de varicela. O coitado passou um mau bocado, com centenas de borbulhas que lhe dificultaram bastante a vida durante uns tempos, que o impediram de comer (na garganta), de andar (nas plantas dos pés) e de se sentar (não digo).
Quando fomos à médica, ao 3º dia (a varicela apareceu a um sábado e eu já estava à espera dela) ela receitou o bendito aciclovir, sim, o amigo contra o herpes labial, que a varicela é da mesma família. Parece que só se recomenda em casos mais severos.
Depois de tudo passado, hoje, em conversa com uma conhecida que é pediatra, em contexto informal, ela disse-me que, quando um irmão apanha a varicela de outro irmão, deve-se dar-lhe o aciclovir logo nas primeiras 24h depois do aparecimento das primeiras borbulhas, porque é certo que será um caso bem mais grave, uma vez que o organismo esteve em contacto intenso com o vírus por causa do irmão. É diferente de apanhar de um colega de escola, por exemplo, em que o contacto é mais superficial. Soa-me perfeitamente lógico. A minha questão é: Será que teria custado muito à médica do CATUS, quando lá fui com o Manuel, perguntar-me se ele tinha irmãos e se já tinham tido varicela (aliás, até acho que comentei com ela que o irmão mais velho certamente também iria apanhar), e alertar-me? Ter-lhe-ia caído um dentinho? NÃO PERCEBO esta economia de informação em questões importantes e que está instalada como caruncho em tantas das nossas instituições. Ah! não sabia que era preciso ter carimbado o papel? Mas era! Ah! Afinal falta mais este impresso! Ninguém avisou? Ah! Não trouxe a fotocópia do comprovativo de morada, assim não podemos aceitar a inscrição. Como, ninguém lhe disse nada? Pois, não estava na lista mas era preciso.
Deixe lá. Eu volto. Eu perco outra manhã e venho cá outra vez. Não faz mal. O meu filho passou uns dias de cão desnecessariamente, e podia ter sofrido complicações, mas não há-de ser nada.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Viajar
"A melhor viagem é a que fazemos quando somos jovens e ainda vamos a tempo de aceitar as mudanças que a vida, o mundo, o caminho nos sugerem e nos apontam. A partir de uma certa idade (a da rigidez, do conforto, da falta de horizontes) já não somos viajantes, apenas transportamos as nossas certezas e preconceitos de cidade em cidade, de paisagem em paisagem, de encontro em encontro."
Li hoje esta frase do viajante Gonçalo Cadilhe e fui imediatamente transportada para os meus 20 anos. Eu viajei assim, ainda permeável, e foram tantas as mudanças que o mundo e o caminho fizeram em mim. Hoje sou o que sou (esta espécie de ave rara) em grande parte por ter mudado de país aos 20 anos e ter visto e experimentado modos de viver tão diferentes.
Ah, como invejo estas pessoas...
Li hoje esta frase do viajante Gonçalo Cadilhe e fui imediatamente transportada para os meus 20 anos. Eu viajei assim, ainda permeável, e foram tantas as mudanças que o mundo e o caminho fizeram em mim. Hoje sou o que sou (esta espécie de ave rara) em grande parte por ter mudado de país aos 20 anos e ter visto e experimentado modos de viver tão diferentes.
Ah, como invejo estas pessoas...
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